domingo, 10 de novembro de 2013

O Apoio da Igreja Católica ao Golpe de 64

A Igreja Católica sempre exerceu historicamente uma influência no pensamento social,político e ideológico brasileiro. Desde a sua descoberta, O Brasil possui uma ligação muito forte com o Catolicismo e sempre guiou seus passos. Com o Golpe de 64 não seria diferente.

Foi em 19 de março de 1964 que se reuniu mais de 500 mil pessoas na cidade de São Paulo para realizar a “Marcha da Família com Deus Pela Liberdade”. Elas tinham dois objetivos: Lutar contra a ameaça comunista e também tirar do poder o então presidente da época Jango. Segundo seus organizadores,a marcha foi um repúdio ao comício da Central do Brasil, realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964.Neste ato Jango havia anunciado seu programa de Reformas de Base.


Para o Clero brasileiro e seus seguidores,a grande instabilidade política que o Brasil passava em 1964 podia se agravar mais com a continuação de Jango no poder.Também eles temiam que o País seguisse os passos de Cuba,lugar que seguiu o ideal comunista.Com isso,eles apoiaram o golpe de 64 e ficaram ao lado dos militares.



Em maio de 1964,um mês após o golpe,26 Bispos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) assinaram um manifesto em que agradeciam aos militares pela proteção do Brasil.Era notório no texto o alívio que a Igreja Católica passou a ter em saber que estava livre do perigo chamado comunismo.Alguns Bispos chegaram a ir a Petrópolis,cidade localizada no Estado do Rio de Janeiro,para abençoar as tropas de Mourão Filho,um dos generais que comandaram o Golpe.

A chegada dos militares ao poder representavam para o clero Brasileiro e a população conservadora que o Brasil finalmente estava seguro e assim haveria uma estabilidade no País.

Por: Vivian Fernandes Vidinhas

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