domingo, 10 de novembro de 2013

Golpe ou Revolução?


Imagem (puramente ilustrativa): reprodução site "Me explica"


De 1964 para 2013, muitas coisas aconteceram, muitos fatos foram revelados e comprovados e partir daí já está indo para meio século de história, mas passam anos e meses, o acontecimento é contado e recontado de várias maneiras, porém nunca definido, afinal mil novecentos e sessenta e quatro foi um golpe ou uma revolução? A partir dos depoimentos exemplificados abaixo, vídeos que assistirão e como os fatos ocorridos foram representados, chegaremos a uma só resposta onde cada um é preciso desvendá-lo para obter uma conclusão.

Abaixo temos dois depoimentos, de um lado quem sofreu com o movimento (Deputado Federal Chico Lopes) e de outro quem praticou (General do Exército Francisco Batista Torres de Melo), perceba como cada um relata o momento e como cada um defende o assunto escrito nos livros didáticos:
  • Até hoje ainda existem discórdias quanto à época, já que militares têm o período como uma Revolução e todos os torturados e presos políticos que sofreram são unânimes em afirmar: 1964 “Foi um golpe dos mais violentos, os livros estão certos. Se fosse uma revolução os dois lados teriam tido armas”, protestou Chico.
  • A maioria dos livros didáticos de História do Brasil trata o Movimento de 1964 como o Golpe Militar que destronou a democracia do país empossando militares no comando da nação. O enfoque desagrada a militares que vivenciaram a época: “Eles (os livros) tratam assim para encobrir a verdade”, destacou o general de Divisão Reformado do Exército, Francisco Batista Torres de Melo.
Como as pessoas viam esse período, buscamos através de outros relatos, pessoas que não eram envolvidas com nenhum meio político, nem militar se sentiram no meio desse turbilhão de repressão, ordens e censuras.

Opiniões de populares

» Ernani Araripe, 73 anos, aposentado. “Na época da Ditadura havia muita perseguição, ninguém passeava ou se sentava nas calçadas para conversar. Na época eu trabalhava na 10ª Região e os meus colegas de trabalho não podiam ouvir falar em revolução a que saiam todos correndo”.

» José Eduardo, 72 anos, aposentado. “Durante a Ditadura qualquer grupo de cinco pessoas era considerado multidão e, portanto, não podiam ficar todos juntos. Caso acontecesse, os militares logo apareciam para afastar um dos outros. Existia muita ordem, mas as pessoas não respeitavam quem estava à frente. Elas temiam o que é muito diferente”.

» José Pedro Rodrigues, 72 anos, aposentado. “É bem verdade que não tínhamos a liberdade de conversar na rua com os amigos, pois já era considerada conspiração. Lembro que falavam bastante que os militares viam algumas pessoas juntas atiravam e depois perguntavam o que estava acontecendo e em que eles acabaram de atirar”.

» Oscar Moreira, 68 anos, aposentado. “Na ditadura as coisas eram bem melhor do que hoje. Era difícil, pois as pessoas viviam constantemente com medo, mas como eu trabalhava em um Banco vi a Ditadura pelo lado positivo. Na época havia um crescimento melhor, pelo menos era o que percebíamos. A melhor coisa da Ditadura era que não havia assaltos, era mais seguro”.

Realidade de um período onde muita gente se pudesse não retornaria, vejamos a história de D.Ilda Martins, esposa de um militante passou e pagou sem ter feito nada.



Um breve resumo do que foi 1964:




Por: Caroline Lourenço

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